Lyrics

Intro – sussurros graves e sons de tambor]
Ela veio da noite.
Caminhou sem nome.
Mas nunca sem alma.


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[Verso 1]
Nasci de ventre marcado,
No sangue da lua fui selada.
Minhas lágrimas viraram espada,
Minha dor, um canto de alvorada.

Fui queimada e renasci cinza,
Desprezada e virei brasa.
Hoje sou raio que dança no tempo,
Feitiço que ninguém mais caça.


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[Refrão]
Eu sou a mulher que ruge,
Que não se curva, que não finge.
Carrego os mundos no peito,
E ainda danço, com jeito.

Eu sou a chama que queima,
A que ama e também extermina.
Filha do trovão, do abismo e do sol,
Ninguém me prende, ninguém me dói.


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[Verso 2]
Fui mãe do silêncio,
Fui filha da guerra.
E quando me tiraram tudo,
Fiz do nada a minha terra.

Plantei coragem no deserto,
E fiz florir minha revolta.
Hoje sou portal e presságio,
Feiticeira que nunca se solta.


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[Refrão – repete com mais intensidade]
Eu sou a mulher que ruge,
Que não se curva, que não finge.
Carrego os mundos no peito,
E ainda danço, com jeito.

Eu sou a chama que queima,
A que ama e também extermina.
Filha do trovão, do abismo e do sol,
Ninguém me prende, ninguém me dói.


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[Ponte – com voz baixa e tom ritualístico]
Chame as que vieram antes de mim.
As que morreram sem nome.
As que sonharam com liberdade.
Hoje, somos uma só.


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[Último Refrão – com batida mais forte e voz em coro]
Somos as bruxas,
As guerreiras, as donas da dor.
Erguemos altares com nossos gritos,
E fazemos do amor o nosso tambor.


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[Fechamento – sussurros]
Ela veio da noite.
Mas acende o mundo.