Lyrics

Nas raízes, o verbo se esconde,
Deus se faz carne, a vida responde.
É o solo santo, o ventre de Maria,
O mistério em silêncio que o mundo pedia.
É a promessa antiga, o mistério do Pai,
Que na terra se encontra e ao céu nos atrai.

O tronco se ergue, firme e sofrido,
É o corpo de Cristo, o Pão oferecido.
Onde a cruz se fincou, a dor se faz caminho,
E o amor se derrama, em cada espinho.
Seiva divina, sangue que redime,
O tronco sustenta a força que exprime.

Raízes profundas, tronco de amor,
Ramos que tocam o céu do Senhor.
Flores que exalam divina verdade,
Frutos eternos da nova bondade.

Os ramos se estendem, braços abertos,
Acolhendo os perdidos, de corações desertos.
Cada ramo é um milagre, uma palavra de paz,
Os gestos de um mestre que a alma refaz.
É a cura, o perdão, a bondade sem fim,
Um convite ao reino, a entrar no jardim.

Raízes profundas, tronco de amor,
Ramos que tocam o céu do Senhor.
Flores que exalam divina verdade,
Frutos eternos da nova bondade.

Nas flores de dor, o Gólgota aflora,
Pétalas de sangue na triste hora.
A beleza da cruz, o sacrifício imenso,
O perfume que sobe, o amor mais denso.
Uma flor machucada, que o céu perfuma,
Na morte, a semente que o mundo ilumina.

Raízes profundas, tronco de amor,
Ramos que tocam o céu do Senhor.
Flores que exalam divina verdade,
Frutos eternos da nova bondade.

Os frutos dourados no topo do galho,
São a glória do Cristo, que venceu o atalho.
A ressurreição, a vida que renasce,
O sabor da vitória que o pecado esmaga.
Fruto eterno, doce e celestial,
Onde a alma se nutre no bem imortal.

Raízes profundas, tronco de amor,
Ramos que tocam o céu do Senhor.
Flores que exalam divina verdade,
Frutos eternos da nova bondade.
E a árvore cresce na fé do meu ser,
Sempre a me guiar, para eu não me perder.