Lyrics

[Verso 1]
Na linha de frente, a dor ataca,
Um movimento brusco, e a vida se estanca.
Luxações gritam no meu peito,
Subitamente, não sou mais o atleta perfeito.

O ombro rasga, as articulações se separam,
Um vilão invisível, a dor não espera.
Fraturas na clavícula, a pressão aumenta,
Olhos que observam e a mente lenta.

[Refrão]
Caiu, caiu, e eu não sei se levanto,
A dor que me domina, um lamento tanto.
Entre lágrimas e noites sem fim,
Buscando o amanhã, mas perdido em mim.

[Verso 2]
Movimentos repetidos trazem tendinite,
Cada passo, uma sombra, eu sinto o limite.
Dores que vêm, sem aviso, sem razão,
É a osteoartrite batendo na minha canção.

Idade, lesões, eu carregando a cruz,
Capsulite adesiva, é o que me seduz.
E eu ouço a voz do passado me chamar,
Mas a rigidez me impede de dançar.

[Refrão]
Caiu, caiu, e eu não sei se levanto,
A dor que me domina, um lamento tanto.
Entre lágrimas e noites sem fim,
Buscando o amanhã, mas perdido em mim.

[Ponte]
Início é suave, um leve deslizar,
Mas a escalada é dura, difícil de aguentar.
A intervenção é meu grito de socorro,
Fisioterapia, esperança, eu cloro.

[Verso 3]
A recuperação me dá nova luz,
Mas não me deixo levar, o corpo é minha cruz.
Manutenção é o caminho, a jornada a seguir,
Exercícios e monitoramento, não posso desistir.

[Refrão]
Caiu, caiu, e eu não sei se levanto,
A dor que me domina, um lamento tanto.
Entre lágrimas e noites sem fim,
Buscando o amanhã, mas perdido em mim.

[Outro]
Na anamnese há um retrato,
Da luta diária, um fardo, um contrato.
Mas eu sigo firme, num blues profundo,
Revelando a dor, renascendo no mundo.