Lyrics

(Introdução - falado, quase um sussurro, com um piano suave ao fundo)
O céu tá pesado... e eu também.
O vento sopra forte, mas já não me toca.
Cansei de lutar, cansei de tentar…
Agora só sigo… sem esperar nada de ninguém.


---

(Verso 1 – flow falado, sincero, cadenciado)
O céu reflete tudo o que eu sinto, cinza.
Levei tempo demais pra entender que a vida
não devolve nada do que eu entreguei,
e tudo o que eu tentei nunca foi o bastante pra ninguém.

Fiz de tudo, dei meu tempo, minha alma, minha fé,
mas sempre duvidaram, sempre olharam com desdém.
E eu gritei pra quem quisesse escutar,
mas se fecharam, viraram as costas, não quiseram acreditar.

E eu? Eu continuei…
Firme, tentando provar que eu sou mais do que dizem,
tentando mostrar que eu sou mais do que esquecem,
mas no fim, ninguém nunca vê, ninguém reconhece.

(Pré-refrão – melodia suave, meio cantada, meio falada)
E os rostos se apagam,
as palavras esquecidas voam no vento,
as histórias perdidas que ninguém quis ler,
e eu percebo… que isso é tudo o que eu posso ser.

(Refrão – crescendo, voz mais intensa, batida entrando devagar)
Agora é só eu, o vento e Deus,
sem despedidas, sem promessas, sem adeus.
Sem esperar que alguém vá notar,
sem esperar que algo vá mudar.

(Verso 2 – volta o flow falado, introspectivo, beat mais marcado)
Eu peguei tudo o que sobrou de mim,
uma mochila, um casaco e uns versos ruins.
Os rabiscos de um tempo que eu tentei pertencer,
mas ninguém quis ler… então que diferença faz se eu for ou não for?

O chão ainda ecoa cada passo que eu dou,
o frio me acompanha, mas eu já me acostumei com a dor.
E sabe, nem tô triste, também não tô bem,
mas a paz que restou me faz ir além.

(Pré-refrão – melodia mais sentida, arrastada, como um lamento)
E os rostos se apagam,
as palavras esquecidas voam no vento,
as histórias perdidas que ninguém quis ler,
e eu percebo… que isso é tudo o que eu posso ser.

(Refrão – com mais força, entrega emocional total)
Agora é só eu, o vento e Deus,
sem despedidas, sem promessas, sem adeus.
Sem esperar que alguém vá notar,
sem esperar que algo vá mudar.

(Ponte – instrumental reduzido, quase sussurrado, como um pensamento solto)
O que vier, que venha…
O que se for, que vá…
O mundo segue sem mim,
e eu sigo sem olhar pra trás.

(Último refrão – melodia mais suave, como um suspiro final)
Agora é só eu, o vento e Deus,
sem despedidas, sem promessas, sem adeus…
Sem esperar que alguém vá notar,
sem esperar que algo vá mudar…

(Final – piano sozinho, voz quase sumindo)
O céu pesado… o vento a soprar…
Talvez isso seja liberdade… ou só o meu lugar.