Lyrics

[1ª estrofe – Getsêmani]
No jardim, silêncio e pedra fria,
Chão molhado em sangue e oração.
Sobe aos céus a dor que anuncia
O peso do mundo no coração.

Trêmulo o rosto, suor de agonia,
A alma envolta em escuridão.
Mas diz “Sim” à vontade do Pai,
Abraça a cruz em submissão.

[Refrão]
Amor até o fim,
Ferido, mas fiel.
Rei coroado em espinhos,
Na cruz, altar e céu.
Não foi por força ou por glória,
Mas por amor que Ele quis:
Desceu ao abismo do homem
E o levantou por ser Deus e por ser juiz.

[2ª estrofe – Açoites e Humilhação]
Arrastado como um cordeiro,
Sem defesa, sem acusar.
Açoites rasgam o corpo inteiro,
Mas do seu peito só sai amar.

Vestem-no de zombaria,
Manto e coroa a lhe ferir.
“Salve, ó rei!”, dizem com escárnio —
E Ele responde com o porvir.

[Refrão repete]
Amor até o fim,
Ferido, mas fiel…
[segue igual]


[3ª estrofe – Via Crucis]

Pesa o lenho sobre a chaga,
Cai o Justo sob o madeiro.
Mas levanta, e mesmo frágil,
Mostra ao mundo o verdadeiro.

Cruza o olhar com sua Mãe,
Calam as palavras no ar.
Ela o oferece em silêncio,
Como quem aprende a amar.

[4ª estrofe – Crucifixão]
Mãos abertas, cravos rasgam,
Cada nervo em agonia.
Respirar é dor constante,
Mas sua boca ainda anuncia:

“Pai, perdoa-lhes este crime”,
“Hoje estarás no paraíso”.
Mesmo aos pés do seu suplício,
Floresce o amor mais indiviso.

[Ponte – Morte e vitória]
E ao bradar: “Tudo está consumado!”,
Rasga-se o véu, treme o chão.
Morre o Cordeiro Imolado,
Vence a morte com paixão.

[Último refrão – mais calmo contemplativo]
Amor até o fim,
Silêncio que é clarão.
Na cruz, o Céu se abriu
No meio da escuridão.
Não foi por força ou por glória,
Mas por amor que Ele quis:
Carregou minha miséria,
Me deu o sangue, me fez feliz.m