Lyrics

Intro)
Yeah…
Isto é um grito!
Não é pra entreter, é pra acordar!
Portugal, escuta o que tens medo de enfrentar…

⸻

(Verso 1 – Políticos & Corrupção)
Começo na cúpula, onde moram os cifrões,
Políticos à mesa, o povo a pão e ilusões.
Promessas nas campanhas, mentira nos salões,
E leis feitas à medida dos próprios ladrões.

Falham no incêndio, falham na saúde,
Mas têm reformas gordas — justiça? Que virtude?
Tancos, BES, TAP — tudo esquemas à vista,
Mas quem paga o rombo? O povo, o artista!

Onde estão os culpados? Nunca aparecem,
As comissões arrastam, os juízes adormecem.
E o povo assobia, diz que “nada muda”…
Mas vota nos mesmos — e a esperança é muda!

⸻

(Refrão)
⚡ Isto é Portugal — Estado de Emergência!
Um povo calado é a pior violência.
Entre o silêncio e a sobrevivência,
Ficámos reféns da própria paciência. ⚡

⸻

(Verso 2 – Educação, Saúde, Habitação)
Educação é luta, mas as escolas tão rotas,
Professores exaustos, salários de notas mortas.
Formamos doutores… pra emigrar aos molhos,
Ficam os cafés cheios, e os cérebros noutros solos.

Na saúde, falta tudo — só sobra coração,
Enfermeiros e médicos com burnout na mão.
Esperas eternas, consultas em atraso,
Mas no privado há vaga… se abrires o braço!

Habitação? Virou ficção de luxo,
Com rendas que roubam metade do que puxo.
Jovens em casa dos pais até aos trinta e tais,
Sem futuro, sem ninho, só becos sem mais.

⸻

(Refrão)
⚡ Isto é Portugal — Estado de Emergência!
Um povo calado é a pior violência.
Entre o silêncio e a sobrevivência,
Ficámos reféns da própria paciência. ⚡

⸻

(Verso 3 – Justiça, RSI, Racismo, Imigração)
Justiça cega? Não… ela vê demasiado,
Solta ricos culpados, prende pobres cansados.
RSI sem controlo, há quem viva à pala,
Enquanto quem labuta… vive à rasca e cala!

Racismo? Tá vivo — mas negam com fervor,
Se és preto ou cigano, és sempre o infrator.
Imigrantes a suar, limpam chão e servem mesa,
Mas o país só os quer… se não pedirem defesa.

Abusos na polícia, na escola, no trabalho,
Mas tapam com likes, enquanto o povo é o atalho.
Onde está a justiça, a equidade, a razão?
Tá presa nos gabinetes, longe do povão!

⸻

(Verso 4 – Ambiente, Cultura, Redes & Saúde Mental)
Ambiente a arder, rios sem água pra dar,
Mas há contratos verdes… só pra inglês ver passar.
Betão e resorts em zonas protegidas,
Enquanto serram florestas… e chamam de “vidas”!

Cultura tá pobre, mas rica em talento,
Censuram rappers — não vão ao fundamento.
Redes sociais fazem barulho vazio,
Mas na rua tá frio, e o povo… sem desafio.

Saúde mental? Ainda é tabu,
Geração ansiosa, mas ninguém ouve o “tu”.
Pílulas pra dormir, álcool pra escapar,
Mas ninguém ensina como é que se deve falar…

⸻

(Último Refrão – Mais pesado)
⚡ Isto é Portugal — Estado de Emergência!
Não é só pandemia — é a decadência.
Povo sem norte, sem voz, sem agência,
A aguentar calado toda a incoerência! ⚡