Lyrics

Garrafas quebradas no chão,
meus passos ecoam no escuro.
O espelho mostra um rosto estranho,
um homem que não reconheço mais.

As ruas me engolem sem pressa,
ninguém espera por mim.
O céu perdeu todas as cores,
agora tudo é cinza e frio.

Não tenho medo de cair, já estive mais baixo,
não espero nada do que sobrou de mim.
Tudo que toco escorre entre os dedos,
e eu já nem sei se quero sentir.

Sou feito de falhas, marcado por dores,
cada cicatriz me lembra quem fui.
O mundo me pede pra tentar de novo,
mas não há mais nada que eu queira alcançar.
Se tudo se perde no vento,
por que eu deveria continuar?

Barba por fazer, olhos vazios,
o telefone nunca toca.
As sombras me seguem de perto,
mas até elas parecem cansadas de mim.

Sem forças, sem rumo, sem voz,
apenas vagando até desaparecer.
Sou só um eco que se arrasta no tempo,
esperando o mundo me esquecer.

Não tenho medo de cair, já estive mais baixo,
não espero nada do que sobrou de mim.
Tudo que toco escorre entre os dedos,
e eu já nem sei se quero sentir.

Sou feito de falhas, marcado por dores,
cada cicatriz me lembra quem fui.
O mundo me pede pra tentar de novo,
mas não há mais nada que eu queira alcançar.
Se tudo se perde no vento,
por que eu deveria continuar?

Fui um peso, um erro a ser esquecido,
um fardo que ninguém quis e merece carregar.
Se eu fechasse os olhos agora e sumisse,
será que alguém notaria?

Os dias se arrastam, as noites não mudam,
não sei se sou eu ou um vulto qualquer.
Se não há nada a perder, o que me resta?
Talvez um corpo cansado, talvez só um eco.

De que adianta tentar me derrubar,
se já estou no chão e não quero levantar?
De que adianta ameaçar me roubar,
se eu já não tenho mais nada a dar?
Não sou um homem, sou um ruído distante,
feito de falhas, de sombras e pó.